Trabalho em quantidade vs trabalho de qualidade – inimigos ou parceiros?

Todos nós já ouvimos a expressão “Work smarter not harder”, e tem sem dúvida alguma a sua validade.

Contudo, será sempre a tomada de decisão correta trocar o trabalho “de esforço” pelo trabalho “inteligente”?

O trabalho inteligente (qualidade) define-se pela descoberta de um caminho para a resolução de determinado problema, onde a dificuldade reside precisamente na descoberta deste – o caminho presume-se relativamente simples.

O trabalho de esforço (quantidade) surge quando o caminho em si para a resolução de um problema já é sabido, mas apresenta um grande nível de esforço psicológico.

Por exemplo, um CEO de uma empresa apresenta um maior nível de trabalho inteligente, enquanto que um atleta profissional precisa maioritariamente do trabalho de esforço.

Logo, a verdadeira pergunta torna-se: Em que situações é que os aplicamos?

A resposta é, como quase sempre: depende do contexto. E, mais vezes do que não, estas duas vertentes complementam-se e são indispensáveis.

Dando o exemplo de um empreendedor, o trabalho inteligente é essencial para o estabelecimento de um modelo viável de negócio e para a construção de um plano de marketing congruente com o orçamento disponível.

No entanto, se o empreendedor não tiver a mentalidade de superar as inevitáveis burocracias e consequentes tempos de espera, os penosos meses “de arranque” da startup e colocar em prática os conceitos propostos (trabalho de esforço), dificilmente terá sucesso na sua iniciativa.

Como tal, uma mistura saudável dos dois costuma ser, empiricamente, o caminho a seguir, o que não significa que não se possa suavizar o trabalho de quantidade com um excelente trabalho de qualidade, e que se pode melhorar o trabalho criativo com uma ética de trabalho de esforço invejável.

Se fosse fácil toda a gente o faria, mas se fosse impossível, ninguém o seria.