Qual é a tua temperatura emocional?

A maioria dos gestores não faz as coisas segundo as prioridades. Facto. Fá-las segundo os seus sentimentos e vontades. E é assim que o seu dia é gerido… Na verdade, não é muito diferente da forma como vivem as crianças…

E desta forma podemos classificar os gestores em duas categorias: ativos ou emotivos.

Os ativos fazem o que há a fazer para atingir uma meta que eles próprios definiram. Quando chegam ao local de trabalho, já planearam aquilo que tem de ser feito.

Os emotivos, por outro lado, fazem o que lhes apetece fazer. Passam o dia a medir a sua temperatura emocional, a examinar-se para descobrir o que lhes apetece fazer a cada momento. As suas vidas, os resultados que obtém, a sua segurança financeira são ditados pelas flutuações dos seus sentimentos. Estes alteram-se constantemente, pelo que um emotivo tem dificuldade em dar seguimento seja ao que for até atingir algo de bem-sucedido. Os seus sentimentos são alterados por inúmeros fatores: biorritmos, perturbações gástricas, um café mais forte ou a ausência dele, um telefonema desagradável, uma empregada pouco simpática ao almoço, uma constipação, uma ligeira dor de cabeça ou o simples facto de ser segunda-feira ou estar a chover. Estas são as forças que regem a vida de um emotivo.

Um ativo, pelo contrário, sabe antecipadamente quanto tempo passará ao telefone, que reuniões tem agendadas e o tempo de cada uma delas, que colaborador irá acompanhar e que resultados irá obter no final do dia.

Ao ativos utilizam, para atingir os seus resultados, um sistema em três fazes:

  • Pensam o que querem atingir
  • Pensam no que é preciso fazer para o atingir
  • Fazem o que definiram

Não se trate de uma teoria mas do sistema real observado nas operações de todos aqueles que são bem sucedidos, sem exceção.

Um emotivo anda à deriva numa vida misteriosa de consequências inesperadas e problemas deprimentes. Um emotivo pergunta: “Apetece-me fazer os mês telefonemas agora?”; “Apetece-me reunir com aquele cliente?”; “Apetece-me fazer alguma coisa?”.

O emotivo passa o dia a interrogar-se.

Por contraste, um ativo tem uma autoestima elevada. Desfruta de muitas satisfações ao longo do dia, ainda que algumas possam ser precedidas de desconforto.

Um emotivo está quase sempre a tentar sentir-se confortável mas nunca se sente verdadeiramente satisfeito.

Um ativo conhece a alegria genuína e profunda que só está ao alcance dos mais bem sucedidos.

Um emotivo acredita que a alegria está reservada às crianças e que a vida de um adulto é uma fonte permanente de contratempos.

Um ativo experimenta mais e mais poder a cada ano de vida.

Um emotivo sente que tem cada vez menos poder à medida que os anos passam.

A nossa capacidade de motivar e inspirar os outros aumenta de forma exponencial à medida que aumenta a nossa reptação enquanto ativos. Vemos igualmente com maior clareza quem são os ativos e emotivos na nossa própria equipa. De seguida, à medida que vamos modelando e premiando os que também são ativos, começamos igualmente a inspirar os emotivos da nossa equipa a transformarem-se em ativos.

E tu? De que lado estás?