O líder flexível

A flexibilidade de estilo é a expressão usada para descrever o comportamento e eficácia de um líder que pode utilizar um grande repertório de estilos numa situação que os requer.

O líder flexível não analisa as coisas em função do que ele pensa que elas deveriam ser mas como elas são na realidade.

Raramente se identifica com as causas perdidas mas sim com os objetivos que estão a ser alcançados. É, essencialmente, um otimista acerca de si mesmo e das situações e gasta mais tempo na preparação e decisão das mudanças do que na sua implementação.

Está consciente de que para ser eficaz é necessário uma grande amplitude de respostas, é necessário ser sensível às outras pessoas, aceitar as diferenças como normais e até mesmo necessárias.

Está preparado para utilizar uma grande variedade de estilos de liderança, diversos graus de participação e diversas técnicas de controlo.

As características de personalidade subjacentes à maior parte dos comportamentos deste líder que utiliza um grande reportório em situações que o exigem, são as seguintes:

ALTA TOLERÂNCIA À AMBIGUIDADE

Sente-se bem em situações não-estruturadas, ou seja, em situações em que algumas variáveis do passado, presente ou futuro não são suficientemente conhecidas ou definidas e enfrenta bem as mudanças rápidas e inesperadas.

INSENSIBILIDADE AO PODER

Ouve mais os colaboradores do que a sua própria chefia, evita exibir os símbolos de status, favorece a nivelação das diferenças de status e poder.

SISTEMA ABERTO DE CRENÇAS

Está preparado para ver novos pontos de vista e ser influenciado. Está mais preocupado com o conhecimento total da situação do que em confirmar as suas crenças anteriores.

Mesmo quando incapaz de aceitar outro ponto de vista, presta-lhe atenção, analisa-o e poderá mesmo favorecer uma coexistência pacífica com ele, embora contrariando as suas convicções pessoais.

DIRIGIDO PARA OS OUTROS

Está interessado em participar e levar os seus colaboradores à participação, à análise, planeamento e tomada de decisões.

Está mais interessado nas decisões consensuais do que nas decisões assentes no voto.

Olha os colaboradores como pessoas, como capazes de dar elevados contributos e não como simples subordinados.